Autor(a): Melissa Rodrigues de Lara
Orientador(a): Mario Mariano
Data da defesa: 26/06/2015
Resumo: A presente pesquisa testa a biodisponibilidade da vitamina B12 após ingestão oral do composto NUTRIATIVO TRBIO 52 micro e nanoencapsulado, comparada ao complexo vitamínico B livre em modelo experimental e em seres humanos. O estudo foi dividido em três etapas. Na etapa I (em modelo experimental de ratas fêmeas da linhagem Wistar), 20 animais, divididos em quatro grupos, receberam diferentes compostos TRBIO 52 na forma livre e micro e nanoencapsulado. Na etapa II (em seres humanos), 26 voluntários, divididos em dois grupos de 13 pessoas, receberam TRBIO 52 na forma livre e micro e nanoencapsulado. Na etapa III, 30 voluntários em dois períodos de observação de dois meses receberam TRBIO 52 na forma livre e micro e nanoencapsulado com um período de Washout entre os momentos. Os resultados foram os seguintes: na etapa I, os animais mostraram pico de detecção da vitamina B12 em 6 horas; na II, puderam-se observar alguns parâmetros em indivíduos que ingeriram o composto na forma nanoencapsulada, tais como aumento dos níveis de linfócitos, devido à permanência das vitaminas em maior quantidade na circulação, o que foi possível observar pelo rastreamento de B12 sanguíneo; na III, a análise da série branca pode nos sugerir que não há aparente interferência do produto na escala nano. O aumento de 25,74% no doseamento plasmático de vitamina B12 em relação ao produto livre foi expressivo. Não foi detectado qualquer efeito tóxico nos modelos experimentais nem em seres humanos. A biodisponibilidade foi maior no composto nanoncapsulado nos três estudos.
Palavras-chave: Biodisponibilidade; Nanotecnologia; Vitaminas Hidrossolúveis.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Autor(a): Andreia de Oliveira Joaquim Silva
Orientador(a): Maria Martha Bernardi
Data da defesa: 18/08/2015
Resumo: O desenvolvimento da prole é influenciado de muitas maneiras pela geração parental, incluindo não apenas a transmissão de DNA, mas também suas marcas epigenéticas, ambientais e comportamentais. Dentre os fatores implicados no controle epigenético, está a dieta. O histórico alimentar das fêmeas, incluindo infância e adolescência, também pode impactar em mudanças fenotípicas da futura prole. Neste trabalho, demonstramos que ratos nascidos de mães alimentadas com dieta hipercalórica (HD) líquida e altamente palatável (Ensure ®), durante a puberdade (23-65 dias de idade), apresentaram alterações fenotípicas adaptativas tardias, como tendência a sobrepeso na idade adulta, pelo aumento de gordura retroperitoneal (RPF) e do número e área de adipócitos hipodérmicos, e dos níveis plasmáticos de fator de necrose tumoral (TNF-alfa), ocorrendo, porém, redução da área de processos astrocitários no hipotálamo. Curiosamente, esses animais também apresentaram resposta diferenciada do sistema nervoso central (SNC) ao desafio por lipopolissacarídeo (LPS), sendo mais resistentes a desenvolver comportamento doentio. Também demonstramos que ratos de duas gerações (F1 e F2) com dieta normal, cujas avós (geração F0) foram submetidas a 40% de restrição alimentar entre os dias 15 -18 da gestação, apresentaram alterações hipotalâmicas fenotípicas, na prole, compatíveis com maior sensibilidade à neuroinflamação, indicando claramente a tendência desses em acumular gordura subcutânea, principalmente na geração F2.
Palavras-chave: Adipócitos; Astrócitos; Sistema Imune; Intergeracionais; Nutrição Materna; Comportamento.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq:Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Lidiana Flora Vidoto da Costa
Orientador(a): Maria Anete Lallo
Data da defesa: 20/08/2015
Resumo: Os microsporídios são parasitas intracelulares obrigatórios que são encontrados tanto em hospedeiros invertebrados como em vertebrados (ANANE; ATTOUCHI, 2010). Estes organismos foram descritos como protozoários, no entanto, atualmente são reconhecidos como fungos atípicos sem mitocôndrias (FRAZEN, 2008). De mais de 1200 espécies de microsporídios, 17 são conhecidas por infectarem seres humanos (FAYER; SANTIN-DURAN, 2014). Os estudos indicam que as espécies que infectam o homem também infectam animais e a diferença entre as mesmas está ligada a variações genotípicas (FRAZEN, 2008). Os conhecimentos sobre microsporidiose humana e animal ainda são limitados devido às dificuldades na identificação dos esporos, sua forma infectante, pela microscopia de luz, por serem pequenos, mesmo utilizando-se o maior aumento de 1000x (WEBER et al., 1994). Em meados da década de 80, verificou-se que a microsporidiose, quando associada à imunossupressão causada pela infecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV, determinava um quadro de diarreia aguda importante (DESPORTES et al., 1985), e o número desses casos descritos aumentaram após 1990 (DIDIER, 2005). A imunossupressão causada por anticorpos antiTNF-α, pelo emprego de drogas quimioterápicas e/ou imunomoduladoras usadas em transplante de órgãos, tem sido reconhecida como importante fator de risco para o desenvolvimento da infecção por microsporídios (KHAN et al., 2001; LALLO et al., 2012). No entanto, a microsporidiose humana não é restrita a pessoas imunossuprimidas, mas também pode ocorrer em indivíduos imunocompetentes. Até agora, os microsporídios descritos em seres humanos incluem: Encephalitozoon cuniculi, E. intestinalis, E. hellem, Enterocytozoon bieneusi, Microsporidium africanum, M. ceylonensis, Microsporidium sp, Pleistophora ronneafiei, Trachipleistophora hominis, T. anthropopthera, Tubulinosema sp, Anncalia algerae, A. connori, A. vesicularum, Nosema ocularum, Nosema sp. e Vittaforma corneas (DIDIER, 2005). O cultivo in vitro de microsporídios permite o estudo do ciclo de vida, do metabolismo, da patogênese, do diagnóstico e também funciona como repositório desses patógenos, o que possibilita pesquisas biomoleculares, genéticas e epidemiológicas (MOLESTINA et al., 2014). Além disso, as culturas também têm sido usadas para determinar a eficácia dos agentes antimicrobianos contra vários microsporídios, incluindo Encephalitozoon cuniculi, E. hellem, e E. intestinalis (WOLK et al., 2000). Embora o cultivo de microsporídios não seja fundamental para os laboratórios de diagnóstico de rotina, o cultivo in vitro continua a fornecer o diagnóstico de confirmação de microsporidiose em seres humanos e animais, bem como na utilização desses esporos para infecções experimentais, que forneceram dados relevantes sobre a resposta imune contra esses patógenos (MENG et al., 2014). Como o estudo de microsporidiose em medicina veterinária é incipiente e a cultura celular é uma ferramenta indispensável para o seu estudo, o primeiro artigo aborda uma revisão bibliográfica que tem como objetivo (i) descrever os microsporídios relevantes para a área veterinária e (ii) descrever cultivo in vitro destes patógenos.
A imunidade celular é crítica para a sobrevivência de hospedeiros infectados por E. cuniculi, sendo as células T CD8+as principais responsáveis pela resistência à infecção. Existem linhagens de camundongos mais sensíveis e outras mais resistentes à infecção por E. cuniculi, o que tem sido evidenciado pela alta porcentagem de macrófagos parasitados após a inoculação intraperitoneal, sugerindo uma base genética para a resistência inata (NIEDERKORN et al., 1981). Por se tratar de um agente oportunista, os camundongos imunodeficientes, tais como os atímicos e os SCID, são os que desenvolvem a doença letal após a inoculação experimental de E. cuniculi (SCHMIDT; SHADDUCK, 1983; KOUDELA et al., 1993), geralmente manifestada na forma disseminada e caracterizada por ascite e a presença de esporos em todos os sistemas orgânicos. Em contrapartida, pouco se sabe sobre a participação das células B (B-1 e B-2) no desenvolvimento de uma resposta imune contra este agente patogênico e sobre as suas relações com as células efetoras, especialmente macrófagos e células T CD8 + responsáveis pela imunidade e a eliminação da E. cuniculi. No segundo estudo, objetivou-se avaliar o papel das células B-1 na infecção experimental pelo E. cuniculi, verificando se o camundongo BALB/c XID (deficiente em células B-1) é uma linhagem mais suscetível à infecção por E. cuniculi, e traçar o perfil das populações celulares e das citocinas Th1/Th2 na infecção experimental pelo E. cuniculi.
Palavras-chave: Células B; Células B-1; Microsporídios; Encephalitozoon cuniculi.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Silvio Leite Monteiro da Silva
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 01/12/2015
Resumo: Este é um estudo exploratório perinatal que aborda o comportamento de camundongos BALB/C sob efeito de infecção simulada por LPS durante o 9,5 dia de gestação, com tratamento de zinco diluído. Foram avaliados o comportamento de depressão aparente e de doente por meio do teste de suspensão pela cauda e campo aberto, além da massa corporal. A geração parental foi cruzada com seleção polarizada pelo tempo de imobilidade ao teste de suspensão pela cauda, considerado validado pelo uso, e com delineamento em blocos inteiramente casualizados. O comportamento de depressão aparente teve correlação inversa com o peso vivo à 2ª semana de gestação. A prole apresentou redução significatiVA do comportamento de depressão aparente em relação à geração parental de forma global. Os fatores de interferência LPS e parto interagiram com o tratamento proposto e demonstraram afetar evidentemente a geração parental. Dimorfismo sexual foi obserVAdo na geração filial. Houve transmissão vertical deste efeito para a geração filial fêmea das mães tratadas com o Zm200cH. A identificação de parâmetros de interferência potencialmente sensíveis neste modelo apresenta seu potencial para estudo de depressão pós-parto.
Palavras-chave: LPS; Perinatal; Comportamento; Zincum Metallicum; Altas Diluições.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Aloisio Cunha de Carvalho
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 02/12/2015
Resumo: O uso do Viscum album L. (VA) no tratamento do câncer é bem conhecido. Atribui-se aos triterpenos, lectinas e viscotoxinas a sua ação antineoplásica, por meio da indução apoptótica e do bloqueio dos mecanismos da proliferação celular. Nesta revisão, verificou-se artigos indexados no PubMed que versassem sobre estudos experimentais entre os anos de 1983 a 2014, para avaliação crítica dos resultados obtidos, da metodologia empregada e da elucidação de seus mecanismos. Nos trabalhos realizados in vivo ou in vitro utilizando linhagens celulares de origem epitelial, mesenquimal ou melanoma, a ação do VA foi favorável à inibição da proliferação das células tumorais em 85% dos casos. A metodologia empregada nos experimentos analisados foi minimamente satisfatória do ponto de qualidade, embora se tenha notado pequena porcentagem de estudos in vivo randomizados e forte tendência dos trabalhos realizados in vitro de abandonarem o rigor do estudo em cego. Os estudos selecionados demonstram que o VA é eficaz em induzir apoptose em alguns tipos de neoplasias, sobretudo nas de origem mesenquimal; contudo, aspectos relacionados ao microambiente tumoral que também poderiam ser afetados pelo uso do VA ainda são pouco estudados.
Viscum album L. (VA) é uma planta semiparasita que cresce em várias árvores hospedeiras, sendo popularmente denominada “Mistletoe”. Extratos obtidos desta planta têm conhecido efeito antineoplásico, conforme descrito em estudos clínicos em humanos e estudos experimentais in vitro e in vivo, os quais mostram indução da apoptose, citotoxicidade e atividade antiangiogênica. No presente estudo, os efeitos do extrato etanólico de VA em diferentes diluições homeopáticas decimais (DH) foram avaliados em modelo murino de tumor de Ehrlich, considerando-se as relações entre o bem-estar animal, a sobrevida, as mudanças na imunidade sistêmica e no microambiente tumoral. Animais portadores de tumor ascítico tratados com VA em protocolo de diluições alternadas apresentaram aumento do peso em função do tempo (p=0,0001) e aumento do consumo de ração (p=0,03), sem mudança na sobrevida. O mesmo protocolo, quando aplicado a camundongos portadores de tumor sólido, induziu recuperação da população de linfócitos T (CD4+ e CD8+) esplênicos para níveis similares aos encontrados nos animais sem tumor (p≤0,05). Os camundongos portadores de tumor sólido e tratados com VA 3DH apresentaram redução significativa da massa tumoral observada histologicamente (p=0,05) e ausência de necrose. Todos os grupos tratados com VA desenvolveram maior edema peritumoral (p≤0,05). Não houve alterações na proporção de células positivas para Caspase 3, Ki67 e VEGF. Conclui-se que o tratamento com VA em diluições alternadas melhora a qualidade de vida do animal e a resposta imune sistêmica. Apenas diluições menores foram capazes de reduzir a massa tumoral. Propõe-se que o uso de extrato etanólico de VA em diferentes diluições decimais pode ser um recurso interessante como terapia oncológica complementar mesmo para tumores muito malignos, porém, ajustes nas combinações de doses e diluições são fundamentais para a obtenção dos efeitos desejáveis.
Palavras-chave: Viscum album L; Oncologia Experimental; Tumor de Ehrlich; Imunologia dos Tumores; Diluições Homeopáticas.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Juliana Gimenez Amaral
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 03/12/2015
Resumo: O objetivo deste estudo foi descrever os diferentes aspectos relacionados com a biologia do tumor de Ehrlich em camundongos, tais como taxa de crescimento, organização histológica e resposta imune após o tratamento de Carcinosinum e outros medicamentos homeopáticos. Carcinosinum foi escolhido após uma experiência piloto inicial, comparando a ação de diferentes fármacos utilizados no "Protocolo Banerji" sobre o desenvolvimento da ascite tumoral e sobrevida. Em uma segunda fase, diferentes potências de Carcinosinum, 6cH, 200cH e um acorde de 6cH + 200cH (chamado "MIX") ou veículo (controle) foram analisados por meio de investigação macro e microscópica na forma sólida desse tumor, em que marcadores para apoptose (caspase 3), proliferação celular (Ki 67) e angiogênese (VEGF) foram analisados por imunohistoquímica. As populações de células do baço foram estudadas por citometria de fluxo. Os ratinhos tratados com Carcinosinum MIX apresentaram uma redução ligeira de necrose tumoral e invasão de tecidos, mais células positivas para Caspase 3 e um aumento significativo na proporção de células CD4 + / CD8 + associado ao aumento de células CD25 + em relação às células T totais no baço (p = 0,0001), o que pode estar relacionado a uma ação modulatória. Em contraste, o grupo tratado com Carcinosinum 6cH apresentou mais edema no local de inoculação do tumor (p = 0,01), aumento do número de células tumorais positivas para Ki67 (p = 0,01) e o resultado clínico pobre. Carcinosinum 200cH induziu as melhores pontuações de melhoria do bem-estar animal, mas sem alterações no crescimento do tumor. Os resultados revelam a importância da potência homeopática no resultado do tratamento. Análises adicionais são necessárias para elucidar o mecanismo de ação envolvido e a utilidade da homeopatia na prática oncologia.
Palavras-chave: Tumor Ascite Ehrlich; Altas Diluições; Homeopatia; Carcinosinum; Imunologia de Tumores; Oncologia Experimental.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.