Autor(a): Renata Gaspar Vieira
Orientador(a): Selene Dall’Acqua Coutinho
Data da defesa: 29/03/2005
Resumo: Este estudo teve como enfoque caracterizar morfológica e bioquimicamente Cândida spp isoladas de amostras ingluviais de papagaios e detectar possíveis fatores de virulência, com o objetivo de assiciá-las aos sinais clínicos apresentados por essas aves. Para tanto utilizou-se 40 papagaios do gênero Amazona, provenientes do tráfico de animais silvestres, selecionados de acordo com os sinais clínicos. Do total, 18 papagaios apresentavam sinais clínicos compatíveis com ingluvite (DS) e 22 alterações de outras naturezas, mas apresentando debilitação geral (DA). As amostras, obtidas pela introdução de sonda uretral estéril nº 8 ou nº 10, através do esôfago das aves, foram semeadas em placas de Petri contendo ágar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol (100mg/l) e incubadas por sete dias a 37º C. As colônias isoladas foram estudadas macro e micromoforlógicamente, empregando-se coloração de Gram, formação de tubo germinativo e filamentação em ágar arroz. A identificação bioquímica em gênero e espécie foi obtida através da utilização do “kit” API Bio-Mérieux e pesquisou-se, ainda, a produção das enzimas proteinase e fosfolipase. Foram isoladas 25 cepas do gênero Cândida, 15 do grupo DS (60,0%) e 10 do grupo DA (40,0%), não havendo diferenças estatísticas entre eles. Foram identificadas cinco espécies do gênero Cândida, sendo 28,0% C. humicola, 24,0% C. parapsilosis, 20,0% C. guilliermondii, 20,0% C. famata e 8,0% C. albicans. Os resultados obtidos surpreendem, uma vez que o disponível até então na literaturaaponta C. albicans como espécie mais frequente, e C. guilliermondii, C. famata e C. humicola, até então, não haviam sido isoladas do inglúvio de psitacídeos. Grande parte das cepas isoladas apresentou capacidade de filamentação (19/25 – 76,0%), 25/25 (100,0%) produziram a enzima proteínase e 17/25 (68,0%) produziram fosfolipase, denotando seu potencial patogênico. O encontro dessas leveduras, produzindo seus fatores de virulência, reforça seu caráter de microorganismos oportunistas, envolvidos nos processos patológicos descritos.
Palavras-chave: Candidíase; Cândida spp; Papagaios; Inglúvio.
Área de Concentração: Imunopatologia Veterinária.
Linha de Pesquisa: Avaliação imunopatológica das enfermidades infecciosas e parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: CLININFEC – Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Sabrina Caruso Chate
Orientador(a): Lucia Cristina Jamli Abel
Data da defesa: 31/03/2005
Resumo: Efeito da Imunossupressão no Desenvolvimento da Verminose Em Ovinos.
Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da imunossupressão prévia no estabelecimento e desenvolvimento da verminose em ovinos. Foram utilizados 12 animais adultos, machos, castrados, divididos em dois grupos experimentais: grupo tratado e grupo controle. No dia 0 (zero) os animais do primeiro grupo receberam aplicação intravenosa de 25mg/kg de ciclosfamida e tanto este grupo quanto o grupo controle receberam, no mesmo dia, dez mil larvas de Haemonchus cortotus por via oral. Ainda no mesmo dia, todos os animais foram imunizados com 2 mL por via subcutânea da vacina comercial (Aber-vac®) contra a brucelose. Foram realizadas coletas de sangue e fezes nos dias 0(zero), 7(sete), 14(quatorze), 21(vinte e um) e 28(vinte e oito). As amostras foram processadas nos mesmos dias das coletas e a partir destas realizou-se: dosagem de proteínas séricas totais, dosagem de imunoglobulinas, hematócrito, contagem global de leucócitos, contagem diferencial de linfócitos, contagem de ovos por grama de fezes e titulação de anticorpos vacinais anti-brucela. Os resultados mostraram que os animais tratados encontravam-se imunodeprimidos, com base nos valores obtidos na titulação de anticorpos vacinais, na contagem de linfócitos e na dosagem de imunoglobulinas. Esses animais apresentaram maiores contagens de ovos por grama de fezes e diminuição dos valores de proteína sérica, sugerindo que a condição imune no momento da infecção veminótica é um fator responsável pela severidade desta afecção.
Palavras-chave: Imunossupressão; Verminose; Ovinos.
Área de Concentração: Imunopatologia Veterinária.
Linha de Pesquisa: Avaliação imunopatológica das enfermidades infecciosas e parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: CLININFEC – Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Ricardo Lopes Toledo
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 29/04/2005
Resumo: O presente trabalho visa validar o uso da associação entre preparações isoterápicas e timulina – um hormônio tímico – em preparações homeopáticas, como terapia complementar para indivíduos portadores de neoplasias submetidos ao tratamento prolongado com agentes anti-mitóticos. Camundongos (N=10, por grupo) injetados por via ip com ciclofosfamida e inoculados com tumor de Ehrlich no coxim plantar (forma sólida, subcutânea) ou no peritônio (forma ascítica) foram tratados com as preparações ultra-diluídas, isoladamente ou em associação, por livre acesso na água de bebida, na potência de 5CH. O grupo controle foi tratado com solução hidro-alcoólica (veículo), pela mesma via. Um grupo “branco”, que não recebeu tratamento com ciclofosfamida, foi utilizado para avaliação do crescimento espontâneo do tumor. O início dos tratamentos se deu no dia de inoculação do tumor. Todos os experimentos foram conduzidos “em cego”. O crescimento tumoral na forma sólida foi monitorado através da medida diária do coxim plantar durante 10 dias. Após este período, os animais foram sacrificados e o coxim plantar foi colhido para análise histométrica. O crescimento tumoral na forma ascítica foi avaliado pelo ganho de peso, sobrevida dos animais e contagem de células no líquido ascítico. Amostras de sangue foram colhidas também aos 10 dias, em ambos os casos, para avaliação do hemograma. A análise estatística empregada foi o teste de Bartlett seguido dos testes ANOVA/Tukey Kramer ou Kruskal-Wallis/Dunn, conforme a homocedasticidade da amostra. A sobrevida e a viabilidade celular no tumor ascítico foram avaliadas pelo teste do X 2. Foram fixados valores de p £ 0,05. Os dados obtidos revelaram crescimento exponencial do tumor - nas formas sólida e ascítica - de animais do grupo “branco” e regressão do mesmo nos animais tratados com ciclofosfamida, representada pelo menor volume do tumor sólido e pela menor concentração de células tumorais ou aumento da sobrevida (90 a 100% em relação ao grupo “branco”) de animais portadores de tumor ascítico. Tais animais também apresentaram valores limítrofes de leucócitos circulantes, linfopenia e anemia, sendo esta última potencializada pelo tratamento com a associação de ambas as preparações ultra-diluídas. Todos os animais portadores de tumor de Ehrlich (ascítico e sólido) apresentaram aumento na porcentagem de polimorfonucleares circulantes e redução na porcentagem de monócitos. O tratamento com ciclofosfamida induziu a “normalização” destes parâmetros, mas nenhum dos tratamentos adjuvantes modificou essa tendência. O tratamento com timulina 5CH aumentou a contagem diferencial de linfócitos (apenas em valores percentuais) em relação aos demais tipos celulares, aumentou a área de calcificação do tumor sólido, bem como potencializou a ciclofosfamida na redução da viabilidade celular do tumor ascítico. A associação da timulina 5CH com o isoterápico resultou em menor área de degeneração do tumor sólido, maior viabilidade celular no tumor ascítico e anemia acentuada. Conclui-se que a ciclofosfamida representa uma ferramenta terapêutica eficiente na redução do tumor de Ehrlich em camundongos e que o tratamento concomitante com timulina 5CH pode potencializar a regressão tumoral e recuperar parcialmente a linfopenia estabelecida como efeito colateral da quimioterapia. Contudo, o uso do isoterápico de cilclofosfamida na potência 5CH, só ou em associação com a timulina 5CH, não apresentou efeitos desejáveis.
Palavras-chave: Homeopatia; Timulina; Ciclofosfamida; Tumor de Ehrlich; Imunossupressão.
Área de Concentração: Imunopatologia Veterinária.
Linha de Pesquisa: Modelos experimentais em imunopatologia e imunotoxicologia.
Autor(a): Maria de Fátima Monteiro
Orientador(a): Lucia Cristina Abel Jamli
Data da defesa: 29/08/05
Resumo: O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência do uso de imunoestimulante a anti-helmíntico no tratamento de helmintose gastrintestinal através da resposta imune dos animais tratados. Foram utilizados 58 ovinos adultos, naturalmente infectados, separados em dois grupos de 29 animais cada, de acordo com a contagem de ovos por grama de fezes. Os indivíduos do grupo tratado receberam abendazole (Duothal®, Minerthal), na dose de 11mg/Kg em administração única, e o composto de Propionibacterium granulosum e Escherichia coli (Inmodulen®, Calier), na dose de 0,025mg/Kg de peso vivo; os animais do grupo controle receberam somente albendazole. Amostras sanguíneas foram colhidas e processadas durante as cinco coletas, nas quais se realizou a dosagem do volume globular (hematócrito), dosagem de proteínas totais, contagem total e diferencial de leucócitos e contagem de imunoglobulinas. Amostras de fezes foram colhidas durante cinco coletas, nas quais se realizou a contagem de ovos por grama de fezes. Na análise estatística, os animais do grupo tratado manisfestaram aumento do número de leucócitos e eosinófilos, enquanto que os animais do grupo controle apresentaram diminuição desses valores e essa diferença foi estatisticamente significante. Com relação ao número de eosinófilos do grupo tratado, essa diferença estatística foi marcante no dia 28. Nos demais parâmetros não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos avaliados. Através dos parâmetros e técnicas laboratoriais utilizadas, foi possível verificar alteração da resposta imune dos animais tratados com imunoestimulante e anti-heimíntico.
Palavras-chave: Helmintose; Resposta imune; Anti-helmíntico; Imunoestimulante; Ovinos.
Área de Concentração: Imunopatologia Veterinária.
Linha de Pesquisa: Avaliação imunopatológica das enfermidades infecciosas e parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: CLININFEC – Clínica e doenças infecciosas veterinárias.