Autor(a): Lara Loureiro Weizel Ciminazzo
Orientador(a): Dr. Thiago Berti Kirsten
Data da defesa: 04/02/2022
Resumo:
A pandemia em decorrência do novo coronavírus (SARS-CoV-2, causador da Coronavirus Disease 2019, ou Covid-19) já infectou mais de 271 milhões de pessoas e causou mais de 5,3 milhões de mortes pelo mundo (dezembro/2021), e os casos continuam em ascensão. Surpreende um vírus que acomete as vias aéreas poder desencadear manifestações neurológicas. O objetivo deste trabalho foi criar e aplicar questionários específicos para pacientes pós-Covid-19 para traçar perfil de eventuais sequelas neurofuncionais. Buscou-se avaliar aspectos epidemiológicos, psicomotores e o grau de comprometimento das habilidades cognitivas, de memória, de atenção e concentração. Foram avaliados 184 indivíduos de 18-64 anos pós-Covid-19 e um grupo controle (30 indivíduos). Os dados epidemiológicos revelaram que os tipos sanguíneos mais prevalentes no grupo pós-Covid-19 foram A+ e O+, assim como o ocorrido para o grupo controle e para a população brasileira. Entre os sintomas mais comuns relatados, destaque para a perda de olfato/paladar e a dor de cabeça. Quanto aos aspectos psicomotores e neurofuncionais, a Covid-19 induziu marcantes prejuízos nos testes: de Praxia Fina (diadococinesia, marionetes, leque e papel), especialmente nas faixas etárias de 31-45 e 46- 64 anos; de Equilibração (imobilidade, equilíbrio estático, pés em linha e persistência), em todas as faixas etárias; de Memória Episódica após distractores, especialmente na faixa etária de 18-30 anos; de Fluência Verbal; e do Relógio, sempre comparado aos dados do grupo controle. Também houve marcante aumento de sincinesia nesses indivíduos. Portanto, a Covid-19 induziu prejuízos nas avaliações psicomotoras e nos diferentes aspectos da Bateria Breve de Memória. Esse resultado é mais surpreendente ao levar em consideração que a maioria dos participantes não relataram doença pré-existente e não necessitaram de internação hospitalar. Concluindo, a Covid-19 induziu prejuízos psicomotores, neurofuncionais e na memória, inclusive em indivíduos jovens, saudáveis e que não foram internados durante o curso da doença. O presente estudo revelou comprometimentos neurológicos ainda inéditos, que devem ser levados em consideração na elaboração de protocolos de reabilitação dos pacientes acometidos pela Covid-19.
Palavras-chave: SARS-CoV-2; Sequelas neurológicas; Psicomotricidade; Coronavírus; Pandemia; Fator sanguíneo.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patologia Integrada e Translacional. Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
Autor(a): Thalita de Sousa Ramos
Orientador(a): Dr. Eduardo Fernandes Bondan
Data da defesa: 28/02/2022
Resumo:
A neuroepigenética busca compreender o papel das modificações epigenéticas no funcionamento normal e na patogênese das doenças do sistema nervoso. Nesse contexto, as enzimas envolvidas no processo de metilação e desmetilação do DNA aparecem como potenciais alvos de estudo para compreender os processos de neuroinflamação e os prejuízos cognitivos consequentes do tratamento quimioterápico para o câncer, o chamado chemobrain. Em vista disso, este estudo tem como objetivo investigar a expressão gênica das enzimas DNMT1, DNMT3a, DNMT3b, TET1, TET2 e TET3 em ratos com disfunção cognitiva tardia induzida pela administração de doxorrubicina (DOX) na infância, tratados ou não com o polifenol natural resveratrol (RSV) ou com o pigmento curcumina (CUR), ambos com reconhecida capacidade de modulação epigenética e ação antioxidante e anti-inflamatória. Foram utilizados ratos Wistar machos, com duas semanas de idade, injetados com DOX (2,5 mg/kg/semana, via intraperitoneal - IP, durante três semanas e 0,1 mL/kg/dia de água destilada por via oral- VO), em associação ou não com RSV (10 mg/kg/dia, VO, durante o mesmo período,), ou com CUR (100 mg/kg/dia, VO, durante o mesmo período,). Os animais do grupo controle receberam uma injeção de solução fisiológica a 0,9% (IP, mesmo volume) e água destilada diariamente (VO). Aos 90 dias, os encéfalos foram coletados e os hipocampos analisados. Para o estudo da expressão gênica das enzimas DNMT1, DNMT3a, DNMT3b, TET1, TET2 e TET3 foi utilizada a Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa em Tempo Real (q-PCR). Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão de 5 animais independentes realizados em duplicata e normalizados em relação ao controle (atribuído valor 1). Nas análises das DNA-metiltransferases, observou-se o aumento da expressão gênica de Dnmt1 no grupo DOX+CUR e de Dnmt3a no grupo DOX+RSV. A expressão gênica de Dnmt3b foi menor no grupo DOX, quando comparada ao CTR, e aumentada no grupo DOX+RSV em relação aos grupos DOX e DOX+CUR. Já na análise das Tet metilcitosinas dioxigenases, observou-se o aumento da expressão gênica de Tet1 no grupo DOX+RSV em relação aos demais grupos e de Tet2 no grupo DOX, quando comparado ao CTR, o que foi revertido apenas no grupo DOX+CUR. Por fim, notou-se o aumento da expressão gênica de Tet3 no grupo DOX, comparado ao controle, que não foi revertido pelo RSV ou pela CUR. Os resultados, tomados em conjunto, destacam o papel da CUR como possível agente preventivo de disfunção cognitiva induzida por DOX, principalmente devido à sua capacidade de regular positivamente a expressão de Dnmt1, possivelmente aumentando a potenciação de longa duração no hipocampo, e de diminuir a expressão de Tet2, corroborando com a diminuição da resposta microglial. O RSV, por sua vez, destaca-se em sua atividade anti-inflamatória, possivelmente inibindo a astrogliose no hipocampo, por meio da regulação positiva da expressão gênica de Dnmt3a e Dnmt3b e consequente silenciamento de genes promotores de inflamação.
Autor(a): Thalita Michelle Queté dos Reis
Orientador(a): Dr. José Guilherme Xavier
Data da defesa: 30/09/2022
Resumo:
A oncologia veterinária é uma especialidade em expansão, associada ao aumento da sobrevida dos animais de companhia e a casuística crescente de neoplasias nessas espécies. As neoplasias epiteliais compõem uma fração importante dessas condições, demandando uma maior compreensão de seu comportamento biológico. Neste estudo foram investigadas em amostras de papilomas e carcinomas espinocelulares (CECs) de cães, o índice proliferativo (imunomarcação para o Ki-67) e a transição epitelial-mesenquimal (TEM), com o emprego da vimentina e fascina-1, comparando-se os achados com a classificação e graduação histopatológicas. A TEM envolve uma série de eventos capacitantes para a invasão e disseminação neoplásica, diretamente relacionados ao destino do animal. A vimentina vem sendo utilizada como marcador da TEM em diversos estudos, demonstrando participação em funções críticas como migração e sinalização celular, com expressão particularmente evidente em áreas limítrofes de crescimento tumoral. Já a expressão de fascina-1 é associada a ganho de motilidade e modulação da rigidez da matriz extracelular, apresentando, em neoplasias humanas, correlação com a redução do tempo de sobrevida, invasão local e incremento metastático. Estudos sobre sua expressão em neoplasias caninas são escassos. Em nosso estudo foram avaliados 5 papilomas e 10 CECs. O índice proliferativo foi superior nas lesões malignas (>30%). A expressão de vimentina ocorreu em uma das amostras de papiloma e em todos os carcinomas, e nestes em células neoplásicas invasoras, em blocos ou isoladamente. A expressão de vimentina ocorreu apenas nos carcinomas, e nestes em células neoplásicas invasoras, em blocos ou isoladamente. A expressão de fascina-1 foi identificada em lesões benignas e malignas, porém com maior intensidade de marcação nas últimas. Houve um paralelismo entre elevado grau histopatológico, maior índice proliferativo e expressão de vimentina e de fascina-1 nas células neoplásicas, indicando que a TEM está relacionada a indicadores de malignidade. Tais achados sinalizam para necessidade do aumento da casuística e a investigação da relação entre esses marcadores e recorrência tumoral, produção de metástases e tempo de sobrevida, avaliando seu potencial como indicadores prognósticos e alvos terapêuticos.
Autor(a): Felipe José Ferreira Gomes
Orientador(a): Profa. Dra. Ivana Barbosa Suffredini
Data da defesa: 09/12/2022
Resumo: O câncer de mama é o tipo de neoplasia que acomete a maior parte da população mundial feminina; no Brasil, está atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estudos anteriores identificaram extratos vegetais com potencial citotóxico contra a célula MCF-7, adenocarcinoma com grau moderado na diferenciação metastática, que induziam as células à apoptose. Uma vez que o conhecimento a respeito da capacidade desses extratos de influenciarem a regeneração celular é desconhecido, o objetivo do trabalho foi avaliar a influência desses extratos sobre a regeneração celular, em células MCF-7, MDA-MB-231 e MCF-10A desafiadas ou não por prolactina (PRL), no modelo conhecido como wound healing. Verificou-se que dois extratos, N719 (Salicaceae) e N1091 (Annonaceae) entre 15 avaliados apresentaram capacidade de inibir a regeneração celular. Foram testados quanto à capacidade de influenciar na expressão de FAK (focal adhesion kinase) e Moesinaa (membrane organizing extension spike protein), proteínas envolvidas com o citoesqueleto, sobre influência de PRL. Observou-se que N719 inibe a regeneração de MCF-10A e MCF-7, FAK está mais expressada em MCF-10A e Moesina em MCF-7 estimulada com PRL 50 ng/mL. Já N1091 e fases de partição N1091-14 e N1091-16 inibem a regeneração celular, enquanto que FAK e Moesina estão mais expressadas em MCF-10A não estimuladas por PRL. Esses resultados confirmam o potencial de N719 e N1091 de serem usados em pesquisas futuras relativas à verificação da capacidade de interferência na migração celular e na verificação dos principais componentes ativos presentes.
Palavras-chave: wound healing, câncer de mama, produtos naturais, citoesqueleto, MCF-7,MDA-MB-231.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Ecotoxicologia e Inovações Terapêuticas.
Autor(a): Patricia Aparecida dos Santos de Carvalho Joaquim
Orientador(a): Prof. Dr. Rodrigo Augusto da Silva
Data da defesa: 14/12/2022
Resumo: Com o aumento da expectativa de vida dos cães, o câncer de mama canino tem se tornado a mais importante e frequente neoplasia em cadelas. Diferente dos humanos, os estudos referentes a caracterização molecular e epigenética das neoplasias caninas ainda estão limitados, especialmente, no que se diz respeito alterações epigenéticas. Assim, o objetivo desse estudo foi correlacionar o padrão de metilação dos Elementos LINE-1; um biomarcador molecular epigenético, em tecido mamário hígido e neoplásico de cadelas. Para isso, o DNA genômico foi extraído de cortes histológicos de biopsias e linhagens de câncer de mama canino pelo método fenol/clorofórmio e as porcentagens de metilação de LINE-1 determinados por qPCR. Inicialmente a análise dos dados clínicos revelaram que a idade mínima das cadelas deste coincide com demais estudos da literatura. As análises moleculares revelaram que tanto as linhagens como as amostras de adenoma tubular e carcinoma inflamatório canino são hipometilados em relação ao tecido normal. Contudo, não foi possível comprovar a relação entre a hipometilação de LINE-1 com a agressividade tumoral do câncer de mama canino. Assim, a análise conjunta de nossos resultados nos permitem concluir que o estado de metilação de LINE-1 pode ser utilizado na medicina veterinária como um potencial biomarcador molecular para diferenciar tecidos de mama hígido de tecidos neoplásico em cadelas.
Palavras-chave: Epigenética, metilação do DNA, hipometilação de LINE-1, carcinoma inflamatório canino, adenoma tubular canino, cultura de célula neoplásica.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Autor(a): Viviane Marques de Oliveira
Orientador(a): Dr. José Guilherme Xavier
Data da defesa: 15/12/2022
Resumo:
As lesões proliferativas melanocíticas acompanham diferentes espécies de animais, apresentando potencial em estudo na patologia comparada. As neoplasias melanocíticas cutâneas benignas (melanocitoma) e malignas (melanoma) apresentam grande variação entre as células, dificultando a diferenciação e distinção para o patologista. Neste presente estudo foram empregadas ferramentas morfométricas e moleculares na busca por parâmetros distintivos adicionais entre as duas condições, relacionados às características morfológicas nucleares e as alterações epigenéticas na população neoplásica. Foram obtidas 18 amostras de lesões melanocíticas cutâneas de cães, emblocadas em parafina e diagnosticadas histopatologicamente. Para a diferenciação entre elas foram utilizados parâmetros morfológicos como frequência nucleolar, escore e morfometria nucleares, e epigéneticos, avaliando-se o padrão de metilação do elemento LINE-1. Os resultados relativos à frequência nucleolar, ao escore nuclear e ao perímetro nuclear evidenciaram diferença estatisticamente significante entre as amostras benignas e malignas. A hipometilação do elemento de transposição LINE-1 tem se destacado como biomarcador, útil para a compreensão de bases moleculares, detecção precoce e informação prognóstica em cânceres humanos, entre eles os melanocíticos. Houve diferença significante na razão entre 5-meC/5-hmeC entre os grupos, com hipermetilação em melanomas. Em síntese, os resultados indicam a possibilidade de utilização destes parâmetros para o diagnóstico diferencial entre as lesões melanocíticas cutâneas em cães.
Palavras-chave: Morfometria, Melanoma, Melanocitoma, LINE-1, Hipometilação.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patologia Integrada e Translacional.
Autor(a): Guilherme Bogdanov Giorgini
Orientador(a): Dr. Eduardo Fernandes Bondan
Data da defesa: 16/12/2022
Resumo: Epigenética é o estudo das mudanças na função dos genes que são herdáveis meioticamente ou mitoticamente, porém sem implicar na mudança do DNA. Os elementos LINE-1 representam um tipo de sequência repetitiva que está dispersa ao longo de todo o genoma, sendo o estudo do seu padrão de metilação utilizado na compreensão de diversas neoplasias. O mastocitoma canino é uma neoplasia cutânea frequente na prática veterinária e apresenta diferentes graus de malignidade, sendo classificado por alguns pesquisadores de acordo com a sua diferenciação histológica. Tendo em vista a atual escassez científica em relação ao padrão epigenético das neoplasias nos animais domésticos, este estudo propõe verificar se há correlação entre o padrão de metilação dos elementos LINE-1 com os diferentes estadiamentos do mastocitoma canino de acordo com Kiupel. Para realização de tal estudo, foram extraídos DNA e RNA de fragmentos neoplásicos parafinados pelos métodos fenol/clorofórmio/alcool isoamílico e TRIzol® respectivamente. O padrão de metilação e expressão gênica de LINE-1 foram quantificados por qPCR. Foi observada maior expressão gênica de LINE-1 nas neoplasias caracterizadas com maior grau de malignidade, em comparação ao tecido saudável e as neoplasias com menor grau de malignidade. Observou-se hipometilação da região promotora do LINE-1 em ambas as classificações neoplásicas do mastocitoma, se comparadas ao tecido saudável analisado. As neoplasias classificadas como de maior malignidade, apresentam tanto maior expressão gênica de LINE-1 como menor grau de metilação da região promotora, evidenciando o potencial uso do LINE-1 como biomarcador de instabilidade genômica.
Palavras-chave: Mastocitoma; epigenética; LINE-1.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patologia Integrada e Translacional.
Autor(a): Alex Luciano Fernandes
Orientador(a): Prof. Dr. Thiago Berti Kirsten
Data da defesa: 22/12/2022
Resumo: O acúmulo de lixo plástico em ambientes naturais é um problema global com impactos negativos na economia, na vida selvagem e na saúde humana. O microplástico vem sendo fortemente associado a doenças e morte de diversos tipos de animais aquáticos. Porém, pouco se sabe sobre os mecanismos que o torna tão danoso. O estudo do microplástico em condições controladas pode contribuir para um melhor entendimento das consequências da sua exposição em diferentes níveis da cadeia trófica. Assim, os objetivos deste trabalho foram de estudar os efeitos da exposição ao microplástico em parâmetros comportamentais e encefálicos de zebrafish, além de propor um modelo experimental e entender aspectos neurobiológicos relacionados aos prejuízos. Zebrafish adultos foram expostos aos microplásticos polietileno (PE) e polipropileno (PP, virgens, ≤ 1,2 mm, 0,1, 1,0 e 10,0 mg/L) e foram diariamente avaliados por até oito dias quanto a aspectos gerais de saúde, distribuição espaciais dentro dos aquários, parâmetros comportamentais relacionados à atividade motora, exploratória e de ansiedade, taxa de letalidade, peso corporal e expressão astrocitária (proteína glial fibrilar ácida, GFAP) no encéfalo. A exposição por 96h aos microplásticos PE e PP afetou a distribuição espacial dos zebrafish, bem como seus comportamentos. A reação de alarme em resposta a um estímulo aversivo externo foi prejudicada após a exposição ao PP: maior permanência na superfície do aquário, de modo a revelar um comportamento ansiolítico. O estudo da distribuição espacial do tipo basal confirmou a resposta do tipo ansiolítica ao PP e revelou efeito contrário, isto é, ansiogênico após a exposição ao PE. O estudo comportamental corroborou o efeito ansiogênico do PE: maior latência para alcançar a superfície de um novo aquário. Além disso, ambos os microplásticos PE e PP induziram movimentos erráticos nos zebrafish. O estudo encefálico revelou que houve aumento da expressão de GFAP em astrócitos no tronco encefálico de zebrafish após oito dias de exposição ao PP. Concluindo, as exposições aos microplásticos PE e PP modularam o comportamento tipo-ansiedade dos zebrafish, associado a processo neuroinflamatório. O presente trabalho propôs um novo modelo experimental para estudar os efeitos da exposição a diferentes tipos de microplástico em parâmetros comportamentais e encefálicos de zebrafish.
Palavras-chave: Danio rerio; Modelo animal; Plástico; Ecotoxicologia; Poluição ambiental; Neuroinflamação.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Ecotoxicologia e Inovações Terapêuticas.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
Autor(a): Catharina Andrade Fróes Serra Toledo Peres Rodrigues
Orientador(a): Prof. Dr. Eduardo Fernandes Bondan
Data da defesa: 22/12/2022
Resumo: O tremor é uma desordem de movimento frequentemente encontrada na prática clínica e associada a numerosas disfunções neurológicas motoras. Pelo fato de muitas doenças neurodegenerativas que acometem o homem apresentarem mecanismos muitas vezes desconhecidos, modelos animais são de grande interesse para a identificação dos mecanismos envolvidos em sua patogênese e eventuais genes associados. Uma mutação autossômica recessiva espontânea no cromossomo 14 foi identificada em uma colônia de camundongos Swiss-Webster da Universidade de São Paulo, os quais apresentavam, a partir de 3 semanas, tremores, ataxia e convulsões tônicas audiogênicas, com piora observada ao envelhecimento. Muito embora estudos comportamentais e neuroquímicos tenham sido realizados em tais animais, denominados tremor, possíveis alterações morfológicas não foram devidamente caracterizadas. É reconhecido que as células gliais têm participação na sobrevivência e funcionamento dos neurônios envolvidos na motricidade. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é o de investigar a população astrocitária e microglial dos animais tremor. Para tal, encéfalos foram coletados e submetidos às técnicas de coloração de hematoxilina-eosina e de luxol fast blue (para mielina), bem como marcação imuno- histoquímica para os marcadores GFAP para astrócitos e Iba-1 para micróglia no hipotálamo e no hipocampo (áreas CA1, CA2 e CA3). A análise morfométrica foi realizada com uso do software Image Pro-Plus 6. Os índices astrocitário e microglial por área foram determinados, indicando a proporção da área marcada em relação à área total da imagem, sendo 0 a completa ausência demarcação e, 1, a marcação total da área. Na análise por microscopia de luz, não houve qualquer evidência de perda neuronal ou mielínica. Após investigação morfométrica, constatou-se que, na área CA1 do hipocampo, os camundongos do grupo tremor apresentaram menor expressão astrocitária de GFAP em relação aos animais controles. No entanto, não foi observada diferença entre os grupos em relação à expressão de GFAP no hipotálamo e nas áreas hipocampais CA2 e CA3, bem como para o marcador microglial Iba-1 nas 3 áreas hipocampais estudadas.
Palavras-chave: GFAP; Tremor; Cromossomo 14.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patologia Integrada e Translacional.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Neuropsicofarmacologia Experimental e Ambiental.
