Autor(a): Michelle Mazziero Macedo
Orientador(a): Profa. Dra.
Cintia Helena Coury Saraceni
Data: 18/02/2025
Resumo: Objetivos: Este trabalho visou avaliar a longevidade dos efeitos antinociceptivos de
diferentes protocolos de fotobiomodulação em animais induzidos à hipersensibilidade
dentinária (HD) e a correlação com os níveis de β-endorfina. Material e
Método:160 ratos tipos wistar, machos, foram divididos em 8 grupos (n=20): Controle (água), HD
(isotônico), L1 (660nm), L2 (880nm), L1L2 (ambos), HDL1, HDL2 e HDL1L2. A HD foi induzida por bebida
isotônica durante 35 dias. O protocolo de fotobiomodulação foi: 660 e 880 - 1J,
3,5J/cm², 100mW, 10s, 0,028cm², modo contínuo. O comportamento nociceptivo foi avaliado no
baseline e imediato de cada tempo: 0, 2, 7 e 14 dias, por meio de escores (0-3), após jato de
água a 4°C no molar inferior direito. Foram eutanasiados cinco animais/grupo/tempo e coletados
sangue para a quantificação de β-endorfina e mandíbula para análise da
superfície dentinária por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Para o grau de dor,
foram realizados testes de McNemar, Kruskal-Wallis e Friedman. Para a quantificação de
β-endorfina, testes de normalidade e homocedasticidade, seguido de ANOVA e para correlação,
Teste de Spearman. Resultados: Os resultados apontaram redução estatisticamente significante da
dor ao longo do tempo em todos os protocolos de irradiação, sem diferença
estatística entre eles, com maior redução em 7 e 14 dias (semelhantes entre si) em
comparação com 0 e 2 dias (semelhantes entre si). A MEV mostrou exposição tubular
nos grupos HD. Houve aumento da concentração de β-endorfina nos grupos irradiados, em todos
os tempos e relação negativa moderada entre a sua concentração e o grau de dor.
Conclusões: Os resultados sugerem que a aplicação da FBM com laser vermelho (660nm),
infravermelho (880nm) ou sua associação promoveu efeito antinociceptivo em modelo animal de HD,
possivelmente mediado pelo aumento na concentração plasmática de β-endorfina.
Palavras-chave: Hipersensibilidade dentinária; Dor; fotobiomodulação;
Neurotransmissor.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das
condições do sistema estomatognático.
Projeto de Pesquisa: Estudo dos marcadores biológicos, expressão gênica e
fatores comportamentais relacionados à nocicepção de lesões que acometem os
elementos dentais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq:
Aplicação do laser na área da saúde.
Autor(a): Luciana Fernandes de Oliveira
Orientador(a): Profa. Dra.
Denise Carleto Andia
Data: 11/06/2025
Resumo: Introdução: Células-tronco mesenquimais derivadas do ligamento
periodontal (PDLCs) exibem forte capacidade de autorrenovação e diferenciação em
múltiplas linhagens, sustentando seu potencial em terapias regenerativas. No entanto, sob
condições osteogênicas, as PDLCs podem manifestar fenótipos distintos, regulados
por mecanismos epigenéticos que influenciam a acessibilidade da cromatina e a expressão
gênica. Este estudo teve como objetivo investigar a regulação epigenética de PDLCs
com alto e baixo potencial osteogênico, h-PDLCs e l-PDLCs, respectivamente.
Métodos: foram avaliadas a expressão de mRNA por PCR em tempo real, presença de
proteína por imunofluorescência, níveis de proteína por Western Blotting e
regulação do complexo cromatina/DNA por imunoprecipitação da cromatina em PDLCs
cultivadas sob condições basais (DMEM, T0) e após indução osteogênica
por 3 e 10 dias (T3 e T10). Resultados: No estado basal, h-PDLCs e l-PDLCs apresentaram perfis
transcricionais, proteicos e epigenéticos distintos. Durante a estimulação
osteogênica, a expressão de EZH2 aumentou significativamente em l-PDLCs, mas diminuiu em h-PDLCs
(p < 0,001), enquanto a expressão de KDM6B diminuiu em l-PDLCs e aumentou em h-PDLCs (p < 0,0001). A
análise de RUNX2, RUNX2p57 e SP7 revelou alterações transcricionais dinâmicas:
RUNX2p57 e SP7 foram regulados negativamente em l-PDLCs, enquanto RUNX2 foi regulado positivamente em
h-PDLCs em T3 e T10. Adicionalmente, l-PDLCs mostraram maior acúmulo da marca repressiva de histonas
H3K27me3, com enriquecimento significativo nos promotores de RUNX2 e SP7 em comparação com
hPDLCs durante a indução osteogênica (p < 0,05). Conclusão: Estes achados
destacam o papel crítico do equilíbrio entre EZH2/KDM6B e da dinâmica de H3K27me3 na
regulação do potencial osteogênico de PDLCs e destacam a importância do controle
epigenético no comprometimento da linhagem osteogênica.
Palavras-chave: EZH2; KDM6B; H3K27me3; RUNX2; SP7; osteogênese; epigenética;
cromatina; PDLCs.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das
condições do sistema estomatognático.
Projeto de Pesquisa: Regulação epigenética em células
mesenquimais humanas na diferenciação osteogênica.
Autor(a): Camila Rossi Sugino
Orientador(a):
Prof. Dr. Alfredo Mikail Melo Mesquita
Data: 23/06/2025
Resumo: A estabilidade primária é um dos principais fatores determinantes para o sucesso da
osseointegração. Ela está diretamente relacionada à forma como o leito ósseo é preparado. Este estudo teve como
propósito avaliar e comparar o desempenho de escariadores (G3) com três abordagens distintas de fresagem:
convencional (G1), subfresagem (G2) e osseodensificação (G4). Para isso, consideraram-se o torque de inserção e o
índice de estabilidade do implante (ISQ) mensurado por análise de frequência de ressonância (RFA). Foram utilizadas
40 maxilas artificiais de poliuretano (PCF-20) na simulação de dois cenários clínicos: alvéolos pós-exodontia e
rebordos cicatrizados. Cada técnica foi executada seguindo rigorosamente os protocolos específicos dos respectivos
sistemas. A mensuração do torque foi feita com torquímetro manual; a estabilidade primária, registrada por meio do
dispositivo Ostell®. Nos rebordos cicatrizados os grupos G2, G3 e G4 atingiram torque ideal (45 N), enquanto o G1
obteve um torque de apenas 20 N abaixo do recomendado para carga imediata. Os grupos G2 e G4 obtiveram valores de
ISQ superiores a 63,5, e o G3 mostrou um ISQ de 61,60 ± 1,94, o que sugere um potencial de uso. Já o grupo G1 obteve
ISQ de 57,15 ± 1,42, sendo este o menor valor obtido entre os grupos. Nos alvéolos pós-exodontia, o grupo G2
demonstrou superioridade, e foi a única técnica a manter, de forma consistente, torque ideal (45 N) e ISQ elevados
(67,5 ± 0,7). O grupo G4 obteve resultados de torque positivos (45 N), mas ligeiramente inferiores em termos de
estabilidade (ISQ = 59,0 ± 0,9). O grupo G1 obteve um torque de 32 N e um ISQ de 59,1 ± 1,0, enquanto o grupo G3
apresentou torque intermediário (32 N) e valores de ISQ aceitáveis (58,2 ± 1,3). Conclui-se que os escariadores
mostraram-se efetivos para o uso visando a carga imediata, em rebordos cicatrizados, enquanto em alvéolos
pós-exodontia não apresentaram valores ideais e requerem maior respaldo científico para ampla adoção clínica. A
subfresagem mostrou o melhor desempenho geral, sobretudo em alvéolos pós-exodontia. Em rebordos cicatrizados, tanto
subfresagem quanto osseodensificação mostraram resultados superiores.
Palavras-chave: Carga Imediata em Implante Dentário; Estabilidade Primária; Análise de Frequência
de Ressonância; Torque.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção, terapêutica e materiais relacionados às
condições do sistema estomatognático.
Autor(a): Rafael Garcia Martins
Orientador(a):
Prof. Dr. Alfredo Mikail Melo Mesquita
Data: 23/06/2025
Resumo: A reabilitação por meio de overdentures mandibulares implantorretidas tem se mostrado uma
alternativa eficaz às próteses convencionais, proporcionando melhor retenção, estabilidade e função mastigatória. No
entanto, ainda há controvérsias sobre a influência do número de o-rings utilizados nesse tipo de reabilitação sobre
a força de mordida dos pacientes. O objetivo deste estudo clínico comparativo foi avaliar a força de mordida em
indivíduos reabilitados com prótese total superior e overdenture mandibular com diferentes configurações de
retenção: dois e quatro o-rings. Foram selecionados dez pacientes totalmente edêntulos, que receberam quatro
implantes instalados na região intraforaminal da mandíbula. Após um período de seis meses de utilização das
próteses, a força de mordida foi medida com gnatodinamômetro digital, em ambos os lados da arcada, nas duas
configurações testadas. Os resultados demonstraram médias de força de mordida de 127,4 N com dois o-rings e 123,7 N
com quatro o-rings, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p = 0,84). Observou-se grande
variabilidade individual, com os pacientes do sexo masculino apresentando forças significativamente maiores em ambos
os protocolos. A idade não demonstrou correlação direta com os valores obtidos. Esses achados indicam que o aumento
no número de o-rings não resulta, necessariamente, em maior força de mordida, sugerindo que outros fatores, como
estabilidade protética, conforto do paciente e facilidade de manutenção, devem ser considerados na decisão clínica.
Conclui-se que overdentures mandibulares retidas por dois o-rings podem oferecer desempenho funcional satisfatório,
especialmente quando associadas a uma adequada adaptação protética e equilíbrio oclusal.
Palavras-chave: Prótese Total Convencional; Prótese sobre Implante; Overdenture; Força
Mastigatória.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção, terapêutica e materiais relacionados às
condições do sistema estomatognático.
Autor(a): Filipe Milazzo dos Santos
Orientador(a): Prof. Dr. Adriano
Fonseca de Lima
Data: 26/06/2025
Resumo: A utilização de intermediários protéticos personalizados
fabricados por CAD/CAM tem se tornado cada vez mais comum, devido às vantagens funcionais e
estéticas que proporcionam. Embora o titânio e a zircônia sejam materiais bem indicados na
literatura, o comportamento biológico de materiais alternativos processados por CAD/CAM, como
compósitos fresados e cerâmicas infiltradas por polímero, ainda é pouco
compreendido, especialmente em relação à sua interação com os tecidos moles
peri-implantares. Neste contexto, o presente estudo avaliou a citocompatibilidade e a expressão
gênica relacionada à proliferação e adesão celular de fibroblastos gengivais
humanos (hGFs) após contato direto com diferentes materiais restauradores CAD/CAM e resinas impressas.
Para isso, discos com 12 mm de diâmetro e 1 mm de espessura foram confeccionados a partir de um
compósito fresado (Grandio Blocs), uma cerâmica infiltrada por polímero (Enamic), dois
compósitos obtidos por impressão 3D (Varseo Smile Crown e Prizma 3D Bio Crown) e titânio,
utilizado como controle. Os hGFs foram cultivados em contato direto com os discos. A atividade mitocondrial
foi avaliada por meio do ensaio de MTT após 24 e 48 horas de incubação. A
expressão gênica foi analisada por PCR em tempo real, considerando genes relacionados à
proliferação celular (CREB1, MAPK14, YAP1) e à adesão celular (SRC, RAF, MAPK1,
PTK2, MYC, ELK1, FOS), após 6 e 24 horas de contato. Devido à elevada citotoxicidade observada
nos dois compósitos impressos em 3D — que apresentaram redução de aproximadamente 85% na
atividade mitocondrial em comparação ao titânio —, não foi possível realizar
a análise de expressão gênica para esses materiais. Os resultados demonstraram que a
atividade mitocondrial foi significativamente influenciada pelo tipo de material, sendo os materiais fresados
os que mantiveram os níveis mais altos de metabolismo celular, comparáveis ao titânio,
enquanto os materiais impressos em 3D demonstraram intensa citotoxicidade. Em relação à
expressão gênica, o titânio promoveu uma maior ativação dos genes
relacionados à adesão celular, especialmente após 24 horas. Já o polished Grandio
induziu maior expressão dos genes relacionados à proliferação celular nas
primeiras 6 horas. A cerâmica infiltrada por polímero (Enamic) apresentou desempenho
intermediário, tanto em metabolismo quanto em expressão gênica. Esses achados indicam que
os materiais fresados, como o compósito e a cerâmica infiltrada, apresentam melhor resposta
biológica do que os compósitos impressos em 3D, embora ainda fiquem aquém do
titânio na ativação de vias moleculares relacionadas à adesão celular. Dessa
forma, os resultados reforçam a importância da seleção criteriosa do material
utilizado na confecção de intermediários personalizados, considerando seu potencial
impacto sobre os tecidos moles peri-implantares.
Palavras-chave: implantes dentais; cerâmica; resina; fibroblastos; adesão.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção, terapêutica e materiais relacionados
às condições do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq:
Pesquisa e desenvolvimento de materiais e técnicas em Odontologia Restauradora e Estética
Autor(a): Viviane Balero Cosse de Sousa
Orientador(a): Prof. Dr. Elcio
Magdalena Giovani
Data de Defesa: 27/06/2025
Resumo: Introdução: A Encefalopatia Crônica Não Progressiva (ECNP)
é uma condição neurológica que pode alterar aspectos fisiológicos,
incluindo o ambiente oral. A doença cárie, por sua vez, é multifatorial e seu
desenvolvimento pode ser influenciado por fatores sistêmicos e locais, como o perfil salivar. A
metabolômica tem se mostrado uma ferramenta promissora na identificação de biomarcadores
que refletem essas alterações. Objetivo: Investigar o impacto da doença cárie no
perfil metabolômico salivar de indivíduos com e sem ECNP, a fim de identificar assinaturas
bioquímicas características associadas à presença da condição
neurológica e da cárie dentária. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional,
transversal e analítico, com amostra de conveniência composta por 60 indivíduos
distribuídos em quatro grupos (n=15 cada): G1 (ECNP sem cárie), G2 (ECNP com cárie), G3
(sem ECNP e sem cárie) e G4 (sem ECNP com cárie). Foi coletada saliva não estimulada, em
jejum de duas horas, no período da manhã, e armazenada a -80 °C até a análise.
A avaliação da cárie foi realizada por meio do índice CPO-D/ceo-d. A
análise metabolômica foi conduzida por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de
massas (GC-MS), no DEMPSTER Mass Lab da Escola Politécnica da USP. Os dados foram analisados por meio
dos testes estatísticos de Kruskal-Wallis e Qui-Quadrado (χ²). Resultados: As análises revelaram
assinaturas metabólicas distintas entre os grupos. O G1 apresentou metabólitos como
2,6-Dimethylmorpholine-4-carbothioic acid, derivados de D-glucopyranose, maltose, ureia, glutamic acid e
L-proline (p<0,0001), associados a uma dieta pastosa e adaptação metabólica
à ECNP. O G2 demonstrou aumento de metabólitos nitrogenados (N,
O-Bis(trimethylsilyl)-L-phenylalanine, leucine di-TMS, lysine) e compostos fermentativos (acetic acid,
2,3-butanediol diTMS) (p<0,0001), sugerindo sinergismo entre ECNP e atividade cariogênica. No
G3, foram identificados metabólitos compatíveis com homeostase salivar e ausência de
inflamação ativa, como phenol, 4-methyl-, L-glutamine, glycine N-benzoyl- e
1H-indole-3-acetamide (p<0,0001). Já o G4 apresentou um perfil mais complexo, com
metabólitos relacionados à degradação bacteriana e estresse oxidativo, como
phenol, 4-[(dimethylamino)methyl]-3,5-dimethyl-, mequinol, glycine N-benzoyl- e
8-hydroxy-2,2-dimethyl-8-phenyl-oct-5-en-3-one (p<0,0001). Conclusão: A ECNP e a doença
cárie influenciam de forma significativa o perfil metabolômico salivar, estimulando vias
metabólicas distintas e resultando em assinaturas bioquímicas específicas. Alguns
metabólitos, como ureia, glycine N-benzoyl- e derivados fenólicos, foram compartilhados entre
grupos, sugerindo potencial como biomarcadores. Os achados reforçam o valor da metabolômica
salivar como ferramenta complementar para triagem e monitoramento da cárie, especialmente em
populações com necessidades especiais.
Palavras-chave: paralisia cerebral; biomarcadores; saliva; doença cárie;
metabolômica; Cromatografia Gasosa – Espectrometria de Massas.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção, terapêutica e materiais relacionados
às condições do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos aplicados à pacientes portadores
de necessidades especiais.
Autor(a): Bianca Leal Rossi
Orientador(a):
Prof. Dr. Adriano Fonseca de Lima
Data: 05/08/2025
Resumo: A introdução da impressão 3D na odontologia restauradora tem
criado
novas oportunidades
para soluções personalizadas e realizadas em consultório. As resinas desenvolvidas para
manufatura aditiva vêm sendo
promovidas como potenciais alternativas aos compósitos convencionais para restaurações
definitivas. No entanto,
permanecem dúvidas quanto à sua confiabilidade em longo prazo, uma vez que a resistência
mecânica e a estabilidade
óptica são fatores críticos para o sucesso intraoral. Os compósitos resinosos
tradicionais, especialmente as
formulações nanoparticuladas, possuem amplo histórico clínico e desempenho bem
documentado, servem como referência
adequada para os novos materiais impressos. Compreender como a pós-polimerização
influencia as
propriedades das
resinas impressas em 3D é fundamental para estabelecer sua aplicabilidade clínica. Este estudo
avaliou
o impacto de
diferentes tempos de pós-polimerização sobre as propriedades mecânicas e a
estabilidade
de cor de uma resina
impressa em 3D. Além disso, comparou seu desempenho com um compósito nanoparticulado de uso
direto
amplamente
utilizado. Espécimes da resina impressa (VarseoSmile Crown Plus) foram submetidos à
pós-polimerização por 0, 5, 10,
15 ou 20 minutos. Um compósito nanoparticulado convencional (Filtek Z350XT, 3M/Solventum) foi utilizado
como
referência (fotoativação por 20 s). Os testes mecânicos incluíram
resistência
à flexão, ao módulo flexural e à
resistência coesiva, seguindo as normas ISO. Para a avaliação de cor, amostras em formato
de
disco foram imersas em
saliva artificial, Coca-Cola-® ou vinho tinto por 7 dias; posteriormente, foram polidas e submetidas a um
protocolo
de clareamento. A variação de cor (ΔE00) e o índice de brancura para odontologia (ΔWID)
foram
medidos no baseline,
após a pigmentação e o tratamento. Os resultados demonstraram que o compósito
direto
apresentou valores
significativamente mais altos de resistência à flexão e à resistência coesiva
em
todas as condições testadas. Embora
a pós-polimerização tenha melhorado o desempenho mecânico da resina impressa, seus
valores não atingiram os níveis
observados no compósito. Ambas as resinas apresentaram alterações de cor
perceptíveis
após a pigmentação, e o vinho
tinto foi o agente mais crítico. O polimento e o clareamento reduziram a descoloração,
mas
não restauraram
totalmente a cor inicial. O compósito mostrou maior resistência à
pigmentação do
que à resina impressa. Com base nos
resultados, conclui-se que a pós-polimerização melhora o desempenho mecânico das
resinas
impressas em 3D, mas não
elimina a diferença em relação aos compósitos convencionais. Além disso, a
maior
suscetibilidade à pigmentação
levanta preocupações sobre a estabilidade estética em longo prazo. Embora as resinas
impressas
em 3D representem uma
alternativa promissora para a odontologia restauradora, avanços adicionais ainda são
necessários antes que se possa
substituir de forma confiável os compósitos em aplicações definitivas.
Palavras-chave: Polímeros; Resina; Propriedades Mecânicas; Impressão
3D.
Área
de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de
Pesquisa:
Prevenção, terapêutica e materiais relacionados às condições do
sistema
estomatognático.