Autor(a): Rodrigo Ramires Borbolla
Orientador(a): Kurt Faltin Junior
Data da defesa: 26/03/2008
Resumo: A expansão rápida da maxila (ERM) sempre despertou grande interesse nos pesquisadores da área da ortopedia facial ao longo dos anos por ser um dos procedimentos mais empregados na especialidade e pelo fato da atresia maxilar estar frequentemente associada às más-oclusões. Além disso, as atresias maxilares desenvolvem-se de uma maneira precoce sem correção espontânea. A magnitude de força expansiva e suas implicações durante o procedimento clínico de ERM permanecem questionáveis até hoje. O presente estudo tem como objetivo avaliar a magnitude de força expansiva durante a ERM nas diferentes fases das dentições: decídua, mista e permanente jovem. A amostra foi composta por 9 pacientes brasileiros, sendo 8 do gênero feminino e 1 do gênero masculino, que foram separados em três grupos de acordo com suas dentições. O Grupo I possuía três pacientes com dentição decídua; o Grupo II, três pacientes com dentição mista e o Grupo III, três pacientes com permanente jovem. O aparelho utilizado no estudo foi um expansor palatino com recobrimento acrílico dos dentes suporte. Foram avaliadas as curvas representativas das forças aplicadas durante a ERM no protocolo de duas ativações diárias, que mostraram que o comportamento dessas forças expansivas ao longo do procedimento variou longitudinalmente, individualmente e entre os grupos experimentais. As forças chegam no máximo a 20N no Grupo I, 65N no Grupo II e 78N no Grupo III.
Palavras-chave: Expansão Rápida da Maxila. Magnitude de Força. Dentições.
Área de Concentração: Clínica Infantil - Ortodontia.
Linha de Pesquisa: Alterações dentofaciais: diagnóstico, prevenção e tratamento (Clínica Infantil – Ortodontia).
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos Aplicados à Ortodontia e Ortopedia Facial.
Autor(a): Júlio César Cavasin Filho
Orientador(a): Elcio Magdalena Giovani
Data da defesa: 09/04/2008
Resumo: A AIDS é uma doença causada pelo vírus HIV. Ela apresenta atualmente tendências a cronificação, graças às conquistas da ciência, principalmente pelas múltiplas combinações de medicamentos mais eficazes que elevam os níveis dos linfócitos T-CD4 e diminuem a carga viral circulante no sangue dos indivíduos contaminados, aumentando, consequentemente, a longevidade e gerando melhorias nas expectativas de vida. O HIV destrói as células de defesa do organismo, tornando as pessoas vulneráveis a inúmeras doenças oportunistas. O objetivo desta pesquisa é analisar e diagnosticar a presença de xerostomia e a sua correlação em pacientes vivendo com o HIV, por meio da mensuração do fluxo salivar e de variáveis como as seguintes: capacidade tampão, pH salivar, índices periodontais, índice CPO, risco de cárie e risco da doença periodontal. Foram analisados 100 pacientes, distribuídos em 2 grupos, sendo o Grupo I – (experimental) formado por 50 pacientes sabidamente HIV+, comprovados através dos testes sorológicos Elisa e Western Blot. O Grupo II – (controle) foi formado por 50 pacientes HIV-. Para o Grupo I, foram analisadas e coletadas as informações pertinentes a idade, gênero, cor da pele, hábitos, doenças gerais e bucais, contagem de linfócitos T-CD4, carga viral e terapêutica anti-retroviral altamente potente (HAART), que se referem aos dados obtidos na anamnese e no exame clínico dos pacientes. Para o Grupo II, foram analisadas e coletadas as informações pertinentes a idade, gênero, cor da pele, hábitos, doenças gerais e bucais. Para ambos os grupos foi realizada a mensuração do fluxo salivar, pH e capacidade tampão por meio da coleta de saliva estimulada durante 5 minutos, segundo método do teste salivar DentoBuff® (Inodon, Porto Alegre, RS, Brasil). O Grupo I – (HIV+) apresentou em nossa pesquisa índices como CPO, placa bacteriana e sangramento elevados, evidenciando maior susceptibilidade aos riscos de cárie dental e da doença periodontal. O fluxo salivar e a capacidade tampão da saliva foram baixos, diagnosticando-se alto índice de xerostomia. Dois fatores modificadores importantes sugerem influenciar de forma incisiva essas patologias: um é a imunossupressão e o outro é a administração da terapia HAART. O Grupo II – (HIV-) apresentou — frente aos mesmos índices e ás mesmas condições, excluindo-se a contagem de linfócitos T-CD4, carga viral e terapia HAART por não viverem com o HIV — resultados mais semelhantes à normalidade, dando ao grupo melhores condições de saúde bucal. Com relação a manifestações orais e gerais, o grupo vivendo com o HIV apresentou número mais elevado de patologias em relação ao grupo controle. Quanto aos hábitos nocivos, os resultados foram semelhantes nos dois grupos. Frente à diminuição do fluxo salivar, baixa capacidade tampão, riscos de cárie e doença periodontal elevados, sugerimos a necessidade de um controle clínico mais rigoroso e efetivo — com maior periodicidade, realizando-se prevenção, promoção da saúde e, consequentemente, melhorias na qualidade de vida — aos pacientes vivendo com o HIV.
Palavras-chave: Síndrome da imunodeficiência adquirida. HIV. Xerostomia.
Área de Concentração: Diagnóstico Bucal - Semiologia.
Linha de Pesquisa: Epidemiologia e Prevenção das Patologias Bucais; Saúde Coletiva.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos Aplicados à Pacientes Portadores de Necessidades Especiais.
Autor(a): Sabrina Fernandes
Orientador(a): Elcio Magdalena Giovani
Data da defesa: 20/08/2008
Resumo: O objetivo deste estudo é diagnosticar o perfil demográfico, as alterações estruturais de número e forma e os possíveis achados patológicos, bem como avaliar clinicamente a placa bacteriana, o diário alimentar, o índice de CPO-D, o risco de cárie, o fluxo salivar e a capacidade tampão de indivíduos com paralisia cerebral. Foram escolhidos, aleatoriamente, indivíduos com diagnóstico médico de paralisia cerebral, de ambos os gêneros, na faixa etária entre 10 e 44 anos, média de idade 21,6 anos, em tratamento odontológico no Núcleo de Atendimento a Pacientes com Necessidades Especiais - NIAPE, na Disciplina de Clínica Integrada do curso de Odontologia da Universidade Paulista – Campus Indianópolis – São Paulo. Foram coletadas e analisadas informações relativas à idade, ao gênero, à raça e à cor da pele, no momento da anamnese, e o exame clínico foi complementado com exame radiográfico pela técnica panorâmica, com a finalidade de observar e avaliar alterações estruturais de forma e de número dos dentes. O índice de placa bacteriana foi avaliado por meio do Teste de Ainamo e Bay (1975), e o diário alimentar foi colhido durante a anamnese do paciente. Para indicar a condição de cárie dentária, foi utilizado o índice de CPO-D e para a mensuração do fluxo salivar e da capacidade tampão utilizou-se o Teste Salivar – DentoBuff®. Na análise da população estudada, verificou-se que 75% dos pacientes eram portadores de paralisia cerebral do tipo espástico, 65% do gênero masculino, 77,5% leucoderma. Observou-se, ainda, que 34, ou seja, 85% dos 40 pacientes avaliados com paralisia cerebral não apresentavam achados patológicos e apenas 2 pacientes apresentavam agenesia e 4 giroversão dos dentes. O índice de placa bacteriana era de 77,3% e entre os pacientes da amostra havia alto consumo de alimentos cariogênicos e baixo consumo de alimentos saudáveis. Era elevada a prevalência de cárie na dentição permanente dos pacientes examinados, CPO-D (9,5). Os pacientes portadores de paralisia cerebral apresentavam baixos índices às variáveis velocidade de fluxo salivar e capacidade tampão da saliva (85% e 70%, respectivamente). Concluímos que, diante dessa realidade, sublinha-se a necessidade de implantação e/ou de revisão dos programas de educação, prevenção e tratamento dos pacientes com paralisia cerebral, para proporcionar-lhes melhorias efetivas na saúde bucal e, consequentemente, na qualidade de vida.
Palavras-chave: Cárie Dentária. Fluxo Salivar. Capacidade Tampão. Índice de Placa. Paralisia Cerebral.
Área de Concentração: Diagnóstico Bucal - Semiologia.
Linha de Pesquisa: Epidemiologia e prevenção das patologias bucais; saúde coletiva (Diagnóstico Bucal – Semiologia).
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos Aplicados à Pacientes Portadores de Necessidades Especiais..