Autor(a): Carlos  Henrique Aiello
            Orientador(a): Malena Segura Contrera
            Data da defesa: 22/02/2016
          Resumo: O  imaginário da juventude na produção mediática é pautado pelos interesses do  capital na contemporaneidade, especialmente pelo alto poder de consumo dos que  compõem tal faixa etária. Os investimentos mediáticos são consideráveis e  apresentam como característica a padronização de seu conteúdo, influenciando  assim um modelo de comportamento cuja imagem avassaladora interfere  significativamente na vida cotidiana. Nosso tema central é entender como as  fronteiras que separavam o universo infantil do adulto, que foram claras e  apresentavam variedades em diferentes épocas e sociedades, desapareceram quase por completo. Este processo designamos como fenômenos da adultescência e  infantescência, caracterizados na esfera da produção publicitária pela ação da  mimese. A hipótese que levantamos é que há uma convergência na estética  juvenil, gerada pelo imaginário publicitário, que nivela vários públicos de  diferentes faixas etárias a partir de estratégias miméticas. Esse nivelamento  permite arregimentar um maior mercado consumidor, além de considerar que a  glamourização da juventude é um valor de mercado estrategicamente criado que,  no entanto, retroage e gera um fenômeno social complexo de cristalização das  consciências numa faixa etária juvenil. Para o corpus desta pesquisa, nos servimos dos materiais publicitários das  marcas Hering e Lilica&Tigor, constituídos de campanhas e catálogos de  coleções em diversos anos e estações, compreendendo o período de 2010 a 2015.  No caso da metodologia, as referidas marcas foram utilizadas como estudos de  caso, a partir de duas vertentes: a primeira, de caráter bibliográfico e  exploratório, e a segunda, de natureza iconográfica. Esse trabalho insere-se no  Grupo de Pesquisa Mídia e Estudos do Imaginário, cuja construção de sua base  teórica foi necessária para se chegar a esta análise, conceituando o consumo, a  publicidade, o programa estético e a relação com a imagem e imaginário, bem  como os fenômenos adultescentes e infantescentes. Com base nos estudos de  vários teóricos, destacamos Zygmunt Bauman, Jean Baudrillard, Edgard Morin, bem  como Norval Baitello Jr., Rose Rocha, Malena Contrera, Andrea Escudero, João  Carrascoza e Neil Postman na primeira parte da pesquisa. Para a abordagem do  segundo capítulo, envolvendo a moda que antecede as análises contextuais das  marcas escolhidas neste estudo, consideramos os teóricos Gilles Lipovetisky,  Fábio de Sá Cesnik, Cláudia Busato, Priscila Beltrame e Maria Drigo. Por fim,  Gilbert Durant, Günter Gebauer, Christoph Wulf e Malena Contrera foram os  principais autores na abordagem que permite observar a mimese como um agir social.
          Palavras-chave: Mimese;  Adultescência e Infantescência; Publicidade e Consumo; Imaginário.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a  Interação Entre Grupos Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e  Estudos do Imaginário.
        
        
          
          Autor(a): Vinicius  Guedes Pereira de Souza
            Orientador(a): Fernanda Mauricio da Silva
            Data da defesa: 25/02/2016
          Resumo: Esta tese estuda o uso das  imagens fotojornalísticas como formadoras de opinião, sua publicação na  imprensa tradicional (jornais, revistas, TVs) e na digital (portais de notícia, blogs, mídias sociais) e suas  apropriações posteriores, de modo a analisar os processos, mecanismos, ritos e  filtros que levam uma determinada fotografia a ser escolhida como síntese de um  fato midiatizado, em detrimento de milhares de outras imagens, e seu impacto  nas pessoas e nas políticas, criando realidades e invisibilidades midiáticas.  Para tanto, são analisadas fotografias jornalísticas de conflitos (guerras,  repressão policial, violência urbana, etc.) ocorridos no Brasil e no exterior,  publicadas em veículos dos mais variados tipos e tendências ideológicas, e suas  republicações, apropriações como objetos de arte, ‘memes’ em redes sociais,  cartazes e outras aplicações. A pesquisa partiu da premissa de que todos esses  meios usam prioritariamente as mesmas fontes (grandes agências noticiosas e  fotógrafos profissionais). Mas, eventualmente, algumas fotos amadoras furam  esses ritos e penetram nos fluxos de informações, passando então a fazer parte  da Mediosfera, conceito que designa o conjunto de imagens (visuais ou não)  distribuídas, recebidas e apropriadas midiaticamente. A ideia é mostrar como  ocorrem esses processos e qual a sua influência na mudança da forma de  raciocínio predominante atualmente na sociedade: de tempo-histórico-linear para  mágico-imagético-circular. Para tanto, a pesquisa usou experiências pessoais na  cobertura de conflitos e uma miríade de autores, que vão de filósofos da  imagem, como Vilém Flusser, a teóricos do jornalismo, como Ciro Marcondes Filho  e Jorge Pedro Sousa.
          Palavras-chave: Fotografia;  Fotojornalismo; Realidade Midiática; Invisibilidade Midiática; Conflito; Guerra.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e  Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Grupo de Pesquisa em Análise de Produtos Audiovisuais.
        
        
          
          Autor(a): Cristiane  De Rossi Žovin
            Orientador(a): Malena Segura Contrera
            Data da defesa: 23/05/2016
          Resumo: Esta tese discute como a  mulher da sociedade midiática consome imagens para existir, pertencer e se  comunicar. Ela almeja não ser mais uma dentre a multidão, por isso, em meio a  vários caminhos possíveis, ela pode escolher seguir o caminho da “bonequização”  para obter destaque. Nessa tentativa de construção de identidade social, o  modelo de estilo almejado é o da boneca ‘Barbie’: ideal moderno de beleza  branca, loira e magra, pautada pelo consumo excessivo de imagens que se  sobrepõem, gerando a cultura do descarte. Sucintamente, o que temos é um modo  de desenvolver sua visibilidade ao esculpir o corpo, em detrimento da  comunicação tradicional, afinal, essa mulher, ao encaixar-se em padrões,  (in)comunica sua singularidade e mostra sua solidão. Outra questão envolvida é  a mulher, pós-bonequização, tornar-se uma imagem técnica, ou seja, não se trata  mais da máquina mimetizando o humano como no passado recente. O estudo também  propõe um breve cenário das patologias da imagem corporal, vinculando-o à  bonequização humana. Acerca da metodologia, foram utilizados os estudos  exploratório e netnográfico com observação não participativa (R. Kozinets,  2015), baseando-se em 14 Barbies da vida real, “casos–limite” representativos  de uma tendência sociocultural e fundamentados por teóricos da Comunicação e  Ciências Sociais Aplicadas, estudiosos da Teoria da Mídia e do Imaginário.
          Palavras-chave: Imagem;  Boneca; Mulheres; Mídia.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a  Interação Entre Grupos Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e  Estudos do Imaginário.
        
        
          
          Autor(a): José  Alexandre Cury Sacomano
            Orientador(a): Anna Maria Balogh
            Data da defesa: 20/06/2016
          Resumo: Esta tese  aborda a passagem do paradigma analógico para o paradigma digital no  fotojornalismo, sob a óptica do repórter fotográfico profissional, assim como o  hibridismo destes dois momentos e as consequências causadas pelo  estabelecimento definitivo deste novo padrão. Para descrever esta trajetória e  apresentar os principais desdobramentos a pesquisa, além de contar com a visão  dos repórteres, foi respaldada por premissas teóricas que estão constituídas ao  longo do texto, podendo assim, confirmar que a troca da prata pelo pixel gerou  certa ruptura dentro do fotojornalismo. Ressalta-se que o conceito de paradigma  serve como complemento teórico à metodologia proposta. A pesquisa fornece dados  qualitativos que foram interpretados pelo autor por meio do método de análise  de conteúdo.
          Palavras-chave: Fotojornalismo;  Mudança de Paradigma; Fotografia Digital.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e  Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
        
        
          
          Autor(a): Rodrigo  Parron Santos
            Orientador(a): Carla Reis Longhi
            Data da defesa: 23/06/2016
          Resumo: Esta  pesquisa teve por objetivo analisar o conteúdo de matérias jornalísticas sobre  a Copa do Mundo de 2014, veiculadas no Jornal da Globo naquele ano. Para tanto,  esse estudo abordou conceitos como telejornalismo, agenda setting, enquadramento, formatos jornalísticos, análise do discurso  e análise de conteúdo, a partir principalmente de autores como Guilherme  Rezende, Juarez Bahia, Mauro Wolf, Antonio Rubim, Nilson Lage, Nelson Traquina,  Michel Foucault, Dominique Maingueneau e Laurence Bardin. Essa pesquisa  caracteriza-se como um estudo teórico, sendo que a parte sobre análise de conteúdo  e análise do discurso configura-se também como um estudo descritivo,  constituído por meio de um estudo híbrido de indicadores quantitativos e  qualitativos das matérias jornalísticas analisadas sobre o tema pesquisado. A  análise e interpretação dos sentidos inseridos no discurso jornalístico  elaborado por meio de estratégias discursivas distintas, como indicadores  relacionados às imagens, texto jornalístico e tempo médio de duração das  matérias jornalísticas analisadas, constituem a base de estudo dessa pesquisa.
          Palavras-chave: Telejornalismo;  Formatos Jornalísticos; Análise do Discurso; Análise de Conteúdo.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a  Interação Entre Grupos Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia,  Cultura e Política: Identidades, Representações e Configurações do Público e do  Privado no Discurso Midiático.
        
        
          
          Autor(a): José de  Mello Junior
            Orientador(a): Barbara Heller
            Data da defesa: 24/06/2016
          Resumo: Há duas  décadas, o e-book (ebook) convive com o livro impresso.  Diversas projeções foram feitas por analistas sobre o declínio do impresso e a  ascensão do digital. Porém, diferentemente de outras mídias, rapidamente  substituídas por novos formatos digitais, o livro em papel demonstra grande  resistência. No mercado editorial brasileiro esse fenômeno de resiliência da  cultura impressa tem sido ainda maior do que em outros mercados editoriais.  Acreditamos que fatores políticos, econômicos e culturais têm motivado essa  resistência. Em nossa pesquisa de métodos mistos concomitantes, realizamos dois  levantamentos um com estudantes universitários e outro com editores brasileiros  de livros, assim como entrevistas em profundidade com os dois públicos. Nosso objetivo  foi verificar se havia algum tipo de oposição dos editores afetando a  introdução do e-book no mercado.  Identificar se a recepção dos leitores universitários de textos longos e de  livros encontra-se muito apegada ao formato impresso em papel. Descobrir se  esses leitores são aderentes à leitura desses textos longos em telas de  dispositivos eletrônicos. Também verificamos se a diferença geracional entre  nativos e imigrantes digitais influencia o processo de adesão ao livro  eletrônico. Além das entrevistas, foram aplicados mais de 800 questionários  entre estudantes universitários e editores. O resultado da pesquisa demonstra  que a resistência dos editores ao e-book diminuiu à medida que se organizaram para exercer, nas negociações com Amazon,  Google, Apple e Kobo, o poder de controle sobre atribuição de preços e o ritmo  de digitalização dos livros. Os resultados quantitativos e qualitativos  convergiram, demonstrando haver um forte apego dos universitários à leitura do  formato impresso em papel, assim como uma relativa rejeição à leitura de textos  longos em telas. Os usuários de e-readers como Kindle, Lev e Kobo demostraram menos resistência à leitura em telas, mas  também um forte apego ao papel. Não foi encontrada diferença estatística  significativa entre as atitudes de nativos digitais e imigrantes digitais nas  variáveis latentes aderência tecnológica, cultura do impresso em papel e  leitura em telas de dispositivos eletrônicos.
          Palavras-chave: Nativos  Digitais; E-book; Mercado Editorial Brasileiro; Cultura do Impresso; Leitura em  Telas; E-readers.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a  Interação Entre Grupos Sociais.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia,  Cultura e Política: Identidades, Representações e Configurações do Público e do  Privado no Discurso Midiático.
        
        
          
          Autor(a): César  Augusto Belardi
            Orientador(a): Solange Wajnman
            Data da defesa: 27/06/2016
          Resumo: O presente estudo propõe um  método de leitura fílmica temporal com base no conjunto cinematográfico de ‘A  Guerra dos Mundos’ que se destaca como um paradigma transmidiático no cenário  da indústria cultural. Para isso, foram construídas categorias de leitura a  partir da integração e convergência de conceitos já estabelecidos por autores  de referência como Bakhtin (1993), Tarkovski (2010) e Jullier (2009), aplicadas  às duas obras cinematográficas homônimas, a primeiro de 1953, e a mais recente  de 2005, em recortes específicos de seus enredos e narrativa. Dessa forma,  estabeleceu-se um processo de integração entre conceitos de tempo provenientes  de Bakhtin como as referências do período de produção das obras e nelas  embutidas, as evidências e indícios do tempo real factual de Tarkovski que  incluem fatores socioculturais e as construções estéticas cinematográficas  observadas por Jullier. Demonstramos com esta tese de que o filme pode ser  deslocado de seu próprio período de tempo de produção. Com a aplicação desse  modelo obtivemos: a) uma leitura contextualizada com recortes históricos, como  a tecnologia empregada para a produção de cada filme; b) a identificação de  questões de linguagem e narrativa que possibilitaram a percepção do tempo e sua  presença de maneira tanto planejada quanto espontânea; c) as correlações  interdisciplinares no intervalo de tempo histórico entre as duas obras como as  influências de mercado sobre a recontextualização de um filme nos moldes de um remake ou reboot. Posteriormente, o método pode ser aplicado a outras  produções similares.
          Palavras-chave: Tempo; A  Guerra dos Mundos; Leitura Fílmica.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e  Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda,  Comunicação e Cultura.
        
        
          
          Autor(a): Maria  Isabel Galvão de França
            Orientador(a): Antônio Adami
            Data da defesa: 19/08/2016
          Resumo: Esta tese busca  compreender o papel e a reputação das  Instituições de Ensino Superior (IES) que ministram o curso de Comunicação,  Publicidade e Propaganda, a inserção do egresso no mercado de trabalho,  bem como revelar as disposições do diálogo existente entre as partes e o que  está embutido nesse cenário. Para esse recorte, utilizamos como referencial  teórico o significado dos conceitos de Pierre Bourdieu como Campo e Habitus, para analisar e identificar  mercado de trabalho, Capital Cultural e Poder Simbólico para analisar e  identificar a formação acadêmica e a reputação das Instituições de Ensino Superior.  A aplicação dos conceitos foi utilizada como teoria para desenharmos o panorama  do estudo e, também, para desconstruirmos a questão da violência simbólica  encontrada nas análises sob uma perspectiva multifacetada, estrutural e  invisível que Bourdieu e Passeron chamam de reprodução de uma ordem já  existente sobre a desigualdade social. O vestibular é o agente segregador que  determina a materialidade da separação dos alunos com qualidades desiguais e ou  desprovidos de Capital Cultural que terão maior ou menor êxito no exame para  ingresso em uma universidade pública, que, geralmente, são instituições com  maior prestígio e reputação. Assim,  com o processo segregador pelo vestibular, as Instituições de Ensino Superior  consideradas excludentes mantêm seu papel legitimador por meio dos alunos  dotados de Capital Cultural herdado. As includentes, que facilitam as provas  vestibulares, corroboram a inserção social, a autoconfiança e a revalorização  dos despossuídos de Capital Cultural herdado, mas com baixa interferência da  ordem natural esperada do Poder Simbólico e com nova ação integradora social.  Ainda, nos fazendo valer pelo desenho do  panorama, destacamos que, em não sendo regulamentada a profissão de  publicitário, apesar da preferência do empregador por uma mão de obra  qualificada, pode tranquilamente determinar bases salariais conforme suas  conveniências e contribuir com os contornos da reprodução da desigualdade  social.
          Palavras-chave: Formação Acadêmica; Reputação das  IES; Mercado de Trabalho; Violência Simbólica; Reprodução de Desigualdades.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e  Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia,  Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Elizabeth de Menezes Rocha
            Orientador(a): Anna Maria Balogh
            Data da defesa: 22/08/2016
          Resumo: Os megaeventos são extremamente rentáveis para os vários atores envolvidos no negócio. A partir deles, inúmeras possibilidades de estudos surgem no campo da cultura, economia, política, social, esportivo em um mundo globalizado em que os padrões de consumo ditam uma nova ordem, inclusive na Comunicação. Dentro desse contexto amplo e complexo, o objetivo desta tese é demonstrar como se dão a apropriação do negócio na sociedade do espetáculo, as representações de produção de sentido e a significação da Comunicação por parte de organizadores, patrocinadores, governos. Para isso, o caminho percorrido foi a reflexão do fenômeno da Globalização na sociedade do espetáculo e seu impacto na Comunicação, com a análise de peças publicitárias, filmes, símbolos dos eventos ‘Copa do Mundo 2014’ e ‘Olimpíadas 2016’ que, de alguma maneira, auxiliam na construção da imagem do país sede dos eventos espetáculos. Recorreu-se ao referencial teórico de autores que têm subsidiado o campo dos Estudos Culturais, dentre eles Milton Santos, Zygmunt Bauman, Guy Debord, Stuart Hall para caracterizar globalização, sociedade do espetáculo, identidade e ainda Algirdas Julien Greimas, Jean Marie Floch, Jacques Fontanille para articular a comunicação e as linguagens sincréticas.
          Palavras-chave: Copa do  Mundo 2014; Olimpíadas 2016; Megaeventos; Globalização; Sociedade do Espetáculo.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e  Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
        
        
          
          Autor(a): Gláucia  Jacuk Herman
            Orientador(a): Antônio Adami
            Data da defesa: 22/08/2016
          Resumo: Trabalhamos nesta tese com  as adaptações do romance ‘Gabriela Cravo e Canela’, de Jorge Amado, para  televisão, anos 1975 e 2012, e analisamos as remidiações entre o hipotexto: o  romance e as duas novelas a partir da Teoria das Adaptações e dos estudos sobre remakes. O trabalho baseia-se na  decupagem dos objetos e na análise de sua inter-relação, realiza alguns  “recortes” e seleciona personagens que funcionam como eixos e reúnem características  representativas nas narrativas. São apresentadas as diversas vozes das  adaptações e a cronologia de Gabriela na mídia. A análise aponta a distinção  entre a Esfera Pública e a Esfera Privada. Na primeira, delineia as mudanças no  plano político com o enfraquecimento do coronelismo e o fortalecimento da  burguesia, por meio do emblemático embate entre o Coronel Ramiro Bastos e  Mundinho Falcão, o exportador de cacau, e apresenta os novos costumes que  chegam a Ilhéus. Na segunda, traz o percurso da personagem principal, Gabriela,  apoiada em três momentos: antes, durante e após o casamento com Nacib.   Traz um capítulo sobre Eixos Narrativos em  que trata das tramas que se interseccionam, intercruzam no enredo a partir da  personagem Gabriela. Os eixos narrativos se subdividem em dois tipos:  Acréscimos e Reapropriações no Tempo. Os Acréscimos são as adições que não  encontram contraponto quando comparadas as duas novelas e as Reapropriações no  Tempo constituem-se das recontextualizações e reinterpretações que trazem novas  abordagens a personagens comuns às duas adaptações. Os objetivos principais  desta pesquisa são perceber os caminhos da memória coletiva na teledramaturgia  brasileira a partir de “Gabriela”, entender como se dá o diálogo que pressupõe  considerar os diversos fatores envolvidos no processo e contribuir para a  compreensão das intertextualidades na realização da retomada de uma produção  com uma nova identidade.  Entre as  conclusões tem-se que “Gabriela” pode ser entendida como um cult, já que o remake de 2012 possibilitou uma intensa retomada na mídia e na  memória do público. Funcionando como refletor e refrator da sociedade, a novela  de 2012 suscitou debates e comparações entre o romance e as duas adaptações.  Conclui-se também que não existe uma fórmula definida para uma adaptação; as  soluções dependem da sensibilidade em captar especificidades da obra literária.
          Palavras-chave: Adaptações  ; Teledramaturgia; Gabriela; Remake; Teoria das Adaptações.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e  Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
            Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia,  Cultura e Memória.
        
        
          
          Autor(a): Euclides  Alves Vital Junior
            Orientador(a): Anna Maria Balogh
            Data da defesa: 25/08/2016
          Resumo: O legado  cinematográfico noir, além de  fascinante, é muito vasto e sedutor. Assim, o estilo noir transita por diversas obras com estilos e gêneros diferentes.  O filme ‘Uma cilada para Roger Rabbit’ une características e técnicas da  animação ao cinema Noir. A obra foi  objeto de análise principalmente quanto ao seu roteiro, sua narrativa e  ambientação sob influência do gênero Noir.  Análises preliminares sugerem que este é um “cartoonnoir”, com intenções além das clássicas do universo Disney,  ou seja, as crianças. Sob um olhar mais aguçado, a mulher fatal é o personagem  aqui personificado em Jessica Rabbit, mulher que tende a centralizar os  acontecimentos de traição, crime e mistério. Este trabalho recorre às bases  bibliográficas da animação e do cinema noir,  buscando referências capazes de sustentar as pretensões que esta pesquisa busca  dar conta.
          Palavras-chave: Animação;  Cinema noir; Análise de filme.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e  Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
        
        
          
          Autor(a): Stefannia  Domingues Pires Bastos Suguita
            Orientador(a): Anna Maria Balogh
            Data da defesa: 29/08/2016
          Resumo: Esta tese  tem como objetivo analisar a cultura midiática das relações afetivas  contemporâneas a partir da configuração do discurso televisivo da trama ‘Em Família’,  de Manoel Carlos. Ela constrói o entendimento sobre como as relações afetivas  são retratadas na mídia televisiva. Apresenta a cultura midiática televisiva,  seu produto novela e o gênero melodrama. Expõe os principais conceitos da  teoria psicológica cognitiva. Analisa o percurso gerativo de sentido da novela  ‘Em Família’ nos níveis: fundamental, discursivo e narrativo, a partir das  personagens Helena, Clara e Juliana, as quais compõem os núcleos principais da  novela. Conceitua e esclarece os motivos pelos quais a tese introduz o termo  relações afetivas à definição das famílias contemporâneas. Analisa as relações  afetivas das personagens em estudo, Helena, Clara e Juliana, marcadas pela  contraposição entre a busca do amor e o desencontro deste. A tese utiliza da  técnica quantitativa e apresenta uma visão sobre os modelos afetivos referenciais  da novela. Para isso estuda as relações afetivas de vinte e um personagens, a  análise das relações afetivas se desdobra ao estudo das relações do tipo  extras, as formadas por triângulos e pentágonos, em decorrência de sua presença  em uma parte significativa da trama. A hipótese que se tem é a de que esta  trama apresenta uma variedade na configuração das relações afetivas, característica  da contemporaneidade; a priori se tem  a percepção de que esta novela apresenta novos formatos nas relações afetivas.  As considerações finais e conclusões ponderam sobre o modelo de relações  afetivas que não contribuem ao desenvolvimento social do indivíduo, reforçam  relações falidas que servem de modelo comportamental às futuras gerações, ao  mesmo tempo em que reafirma os modelos das relações tradicionais.
          Palavras-chave: Televisão; Novela;  Melodrama; Relações Afetivas.
            Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
            Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e  Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.